Gestão de risco no agronegócio: a relevância para o sucesso

Pensar em gestão financeira de risco no agronegócio é ter em mente que, em algum momento, algo pode dar errado.  Mas, ter essa visão não deve tornar o gestor  um pessimista, e sim, deve servir para deixá-lo em alerta para poder  identificar potenciais riscos à saúde e sucesso do seu negócio. Tanto para evitá-los quanto para minimizar seus efeitos. A gestão de risco deve contribuir para que o empresário se torne um estrategista.

De forma resumida, a estratégia possibilita otimizar o uso correto de recursos e identificar oportunidades que tornam o negócio eficiente e sustentável a longo prazo. Mas, principalmente, detecta e administra os riscos. E essa regra vale tanto para um pequeno produtor familiar quanto para a agroindústria.

Ser estrategista inclui investir recursos no presente para evitar problemas em um futuro que parece estar, a cada dia, mais incerto e imprevisível. Mas, que na verdade, pode ser mapeado de forma preventiva desde que hajam ações específicas voltadas para este objetivo.

Isso pode requerer a diversidade de investimentos e foco no cuidado do que realmente interessa: o sucesso do negócio. Além disso, demonstrar que existe uma gestão de risco em sua fazenda, sítio ou em empreendimento agro, também vai reforçar a boa imagem do seu negócio, aumentando a confiança de possíveis investidores ou novas parcerias. Trata-se de mostrar ao mercado que seu empreendimento merece uma boa reputação.

É preciso ter em mente que o agronegócio, como qualquer atividade econômica, precisa de equilíbrio em sua gestão financeira, considerando o custo da produção, a rentabilidade e o lucro, por exemplo. Dentro desses objetivos principais, a gestão de risco é um dos pontos que o empresário deve priorizar. E neste ponto, é importante ressaltar que apesar das semelhanças com a gestão de negócios de outros setores, o agro possui peculiaridades que o deixam suscetíveis a potenciais ameaças que não atingem outros mercados, e que são um grande desafio para qualquer gestor.

Algumas das principais fontes de riscos são:

  • Clima: como enchente, secas, geadas.
  • Finanças: falta de acesso a crédito, inflação, taxas de juros e liquidez.
  • Mercado: condições econômicas globais, oscilações dos preços dos produtos agrícolas, alto custo de insumos.
  • Operacional: quebra de equipamentos, logística ineficaz, falta de mão de obra, sazonalidade.
  • Biológica: doenças dos animais e plantas, pragas e infestação de insetos.

Acompanhar sistematicamente esses fatores é primordial para o sucesso dos negócios, para que tenha equilíbrio financeiro, rentabilidade e sustentabilidade. Para isso, é necessário adotar o uso de ferramentas e técnicas que possibilitam detectar onde estão os potenciais perigos, superar os desafios e identificar os problemas antes de se instalarem. Algumas dessas ferramentas são:

Mapeamento de processos

Por meio da criação de diagramas é possível detalhar cada etapa de todos os processos que são próprios do negócio e aqueles que são comuns a outros setores, deixando mais perceptíveis os pontos suscetíveis ou com maior probabilidade de problemas.

Consulta a especialistas

O envolvimento amplo com a gestão do negócio é essencial para que o empresário conheça seus processos, fragilidades e potencialidades. No entanto, a avaliação de um especialista pode contribuir para ampliar a visão a partir de um ponto que o gestor não havia identificado, por não estar acessível à primeira vista.

O diagnóstico de uma empresa terceirizada, como a Controlla Finanças, pode não apenas entregar este ponto de vista, mas dar maior amplitude de visão estratégica para o empresário.

Dados históricos

Este é um recurso utilizado por empresas de setores diversos, mas primordial para a identificação de riscos de gestão de sítios, fazendas e aglomerados empresariais do setor agro. Analisar o desempenho da produção em determinada safra, por exemplo, não fará com o produtor tenha 100% de garantia que terá a mesma rentabilidade. Mas, contribuirá para que ele evite os mesmos erros e tome decisões mais intuitivas no planejamento do próximo ciclo de produção. O que permitirá prever e mitigar insucessos.

Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)

Essa técnica ou ferramenta de gestão ajuda o empresário do setor agrícola  a identificar suas fraquezas e seus pontos fortes, tanto internamente quanto no cenário externo. Para isso, avalia a posição da empresa no mercado, compreende as tendências do setor, define estratégias para serem desenvolvidas no futuro, aponta oportunidades de melhoria no presente, desenvolve e aprimora as equipes da empresa e otimiza recursos empresariais.

Outras análises e avaliações

Por meios de sistemas como a FMEA (Análises de Modos de Falhas e Efeitos) e análise de árvore é possível avaliar em termos de fatores políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ecológicos e legais que podem impactar o negócio, e ainda criar diagramas que mostram os diferentes caminhos que podem levar a uma falha ou evento de risco, ajudando a identificar as causas raiz e avaliar a probabilidade cumulativa.

Uso de ferramentas de software

As ferramentas tecnológicas ajudam a monitorar e identificar riscos em tempo real. Os sistemas coletam e analisam dados de diversas fontes, ampliando o campo de informação do empresário ou do gestor, dando mais embasamento para suas tomadas de decisão ou abrindo a possibilidades de alertas que possam evitar que os negócios fiquem expostos a perigos desnecessários.

Softwares de gestão agropecuária permitem acompanhar os custos, receitas e indicadores financeiros. Essas ferramentas, além de auxiliar na tomada de decisão,  proporcionam um controle mais eficiente dos recursos.

Esperar pelo pior da melhor maneira

Além dessas e de outras ferramentas disponíveis no mercado, o produtor também pode se utilizar de estratégias que minimizem os riscos de seu negócio.  Como o uso estratégico do crédito rural, recurso importante para custear a produção e investir no crescimento do negócio. No entanto, é fundamental escolher as melhores opções para evitar endividamento excessivo.

Ou ainda, diversificar a produção, deixando de depender de uma única fonte de receita, o que reduz o impacto da sazonalidade e oscilações do mercado.

Também pode criar um plano de mitigação que conte com prevenção, redução, transferência e aceitação. O objetivo é planejar as ações que servirão como respostas aos riscos que não puderem ser evitados completamente. É como diz o ditado: é preciso esperar o melhor, mas estar preparado para o pior.

Classifique os riscos

Além de identificar os riscos, usando as ferramentas e métodos adequados também é possível, e importante, fazer sua classificação tendo como base  a combinação entre probabilidade e impacto.

Probabilidade

De forma simples, é preciso avaliar o quão fácil ou difícil é de que determinado fato negativo aconteça, qual o grau de probabilidade que ocorra: muito baixo, baixo, moderado, alto ou muito alto.

Impacto

O impacto se refere exatamente às consequências que vão resultar caso o risco de torne real. Ou seja, quais serão os danos ou prejuízos causados por essa ocorrência.

Com essa avaliação, é possível definir se o impacto será positivo (oportunidades de negócio, uso de  nova tecnologia, redução de taxas ou impostos), ou negativo (prejuízos financeiros, danos ao maquinário, queda de produção, entre outros).

O impacto também pode ser definido pelos mesmos níveis da probabilidade: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.

Usando o cruzamento dessas informações encontra-se um indicador de criticidade. Quanto maior o indicador, mais perigoso é o risco.

Plano de Ação

Depois de identificado e classificado o risco, é também importante criar um Plano de Ação com respostas estratégicas que possam fazer frente aos potenciais problemas. Devem ser tomadas de decisões ou ações práticas e realizáveis, definidas de forma que considerem as especificidades do negócio. Como visto antes, o agronegócio possui características muito particulares em comparação a outros mercados.

Monitoramento

A etapa seguinte é de monitoramento da execução do planejamento definido. Esse acompanhamento vai mostrar se as decisões foram as corretas e adequadas para blindar o negócio dos impactos negativos ou preparar para os bons resultados. Ou, se será preciso rever os processos implantados.

Conclusão

Se por um lado os riscos são uma dor de cabeça constante para o produtor ou proprietário de fazendas e outros negócios do setor agro, o cuidado no processo de gestão de riscos não é muito diferente daquele que ele já tem com questões próprias como pragas, solo e clima, por exemplo.

Seu negócio pode ter uma boa produção, manter a operacionalidade de forma eficiente e até registrar bons resultados financeiros, mas na hora de calcular o resultado líquido, vai entregar prejuízo.

Por isso mesmo, para não manter uma administração ineficiente, é possível terceirizar a gestão da propriedade para quem está preparado e disponível de forma exclusiva para garantir os seus objetivos.

Empresas como a Controlla Finanças assumem o papel do gestor, contanto com todos os recursos tecnológicos e conhecimento técnico necessários para atender a sua necessidade e cuidar do seu negócio de forma individualizada. Faça contato e descubra tudo o que a Controlla Finanças pode fazer pela sua fazenda ou propriedade rural.

Mais Posts